Trabalhadores andam 150 metros com cargas de até 120 kg nas costas. Cargas enchem navios que abastecem cidades no interior do Amazonas.
Trabalhadores do Porto de Manaus carregam nas costas o dobro do próprio peso para encher navios que abastecem cidades a até dez dias de viagem pelo Rio Negro. Os “homens-formiga” chegam a trabalhar até nove horas por dia. Para chegar aos navios, os trabalhadores descem uma escada de 30 degraus que termina em uma ponte estreita, sem corrimão e que “dança” sobre o Rio Negro. Da ponte, saltam para o cais, onde andam com a carga nas costas por até 150 metros, dependendo de onde o barco está atracado.
Francinei Batista Martins, 36 anos, tem 1,60 metro e pesa 60 quilos. Em geral, carrega cargas de 80 quilos entre os caminhões das transportadoras e os barcos atracados no porto. Mas é comum carregar 120 quilos, principalmente quando a carga é de açúcar. Martins disse trabalhar nove horas por dia no transporte de mercadorias –das 7h às 18h, com duas horas para almoço e descanso. Em meia hora no porto, o G1 presenciou Martins fazer seis viagens com 80 quilos nas costas cada. Há três anos no emprego, ele ganha R$ 500 por mês e disse nunca ter sentido dores nas costas. “Nunca tive. Mas um dia pode dar, né?” Ele afirmou não procurar outro emprego. “Vou até onde for”, declarou. O carregador Antônio Batista, 1,65 metro e 64 quilos, trabalha entre sete horas e nove horas por dia no transporte de cargas. Seu recorde foi 140 quilos nas costas. Quando ele falou , estava carregando 120 quilos em fardos de açúcar.
Aos 43 anos, Batista trabalha com transporte de cargas há três meses, por falta de opções. “É duro, mas fazer o quê?” Ele já havia trabalhado no porto antes, por três anos, mas havia deixado o trabalho. No transporte de cargas, nem os motoristas das empresas de transporte escapam. Rosinaldo Doce Prestes foi “escalado” pela empresa para a qual trabalha para substituir um carregador que havia faltado. Ele passou mais de quatro horas descendo as escadas do porto e passando pela ponte flutuante para abastecer um navio que ia para Manicoré, a três dias e três noites de viagem de Manaus. “Já estou até acostumado”, disse.
Um comentário:
Boas !!!
eu som galega, falo galego, mais non o portugues, pero e parecido.
e muito interesante a tua entrada, gostariame seguir vendo as atualizaçaos e a ver se aprendo un pouquinho portuges, cousa da que gostaria encantada.
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