Levantamento inédito da Serasa mostra que visitas dos nordestinos a sites representam 13% do total do país. Região Norte mantém estabilidade da fatia e as demais regiões têm queda de participação, mas Sudeste segue líder
O Nordeste é a região do país em que as visitas à internet mais aumentaram nos últimos seis meses, de acordo com a Serasa Experian.
A empresa de informações financeiras -que vende dados para clientes como bancos e varejistas- detectou, em estudo exclusivo para a Folha, crescimento de 7,53% dos acessos dos nordestinos à web no período de 5 de junho a 4 de dezembro.
Essa expansão representou um aumento de 12,1% para 13% do peso do Nordeste no total de visitas à rede.
O Norte manteve estabilidade de participação em 2,7%. E nas demais regiões -Sudeste, Sul e Centro-Oeste- houve queda, embora o Sudeste siga como líder nessa área, com fatia de 61,1%.
BAHIA
O estudo apontou ainda que a Bahia é o Estado nordestino mais conectado, com 4,43% das visitas à web.
As categorias de sites mais procuradas pelos baianos são: ferramentas de busca (40%), redes sociais (24,8%), e-mails (10,7%), portais (7,9%), vídeo e multimídia (4,8%) e esportes (1,9%).
O levantamento monitorou, com autorização prévia, 500 mil pessoas que navegaram por 270 mil websites em todo o Brasil.
"Em troca, os internautas receberam benefícios on-line, como acesso a jogos", diz Juliano Marcílio, presidente da unidade de serviços de marketing da Serasa Experian para a América Latina.
O acompanhamento regional é atualizado semanalmente. "Com os dados, comprovamos que a maior representatividade do Nordeste na economia do país tem se refletido também no acesso à internet", diz Marcílio.
A Experian já oferece ferramentas semelhantes em mercados estrangeiros, como EUA, Inglaterra e Austrália. E começa a comercializar o produto hoje no Brasil.
RECORTES
A Serasa diz ainda que as empresas assinantes podem refinar a pesquisa para, por exemplo, saber quais sites o internauta acessa antes e depois da página preferida.
No Brasil, o Ibope Nielsen Online também faz levantamentos sobre a atividade na internet, mas não oferece detalhamento regional.
Além disso, o IBGE acompanha a evolução do número de internautas no país, inclusive por região. Mas a atualização é anual e não especifica os sites acessados.
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