Homenagem às Mulheres - 08 de Março
Hoje celebramos mais um Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Estar em curso uma grande jornada de protesto, milhões de mulheres em todo o mundo sairá às ruas para reivindicar seus direitos. A economia mundial estar em crise, as mulheres, bem mais que os homens, estão sofrendo os efeitos dos cortes sociais.
Mesmo com todas estas dificuldades, as mulheres, ao longo da história, têm aparecido a frente das lutas sociais e democráticas. O dia 8 de março é um dia de visibilidade da luta pela libertação das mulheres, mas cada dia, de maneira “invisível”, elas lutam para conseguirem a emancipação. Seja dentro dos sindicatos ou grupos políticos, seja dentro dos coletivos feministas, elas, as mulheres, tem desempenhado um ativo e essencial na transformação social.
Ao longo da história, algumas vezes as mulheres se levantaram para gritar que elas não são o segundo sexo. Isso aconteceu na Revolução Russa de 1917, quando milhares de mulheres participaram na luta pela liberdade e pelo socialismo. Os avanços nos direitos foram rápidos e os mais avançados da época: direito ao divórcio, anticonceptivos, salário igual, socialização dos cuidados, etc. Ainda que a experiência tenha sido curta devido ao isolamento da revolução e à contrarrevolução levada a cabo pela burocracia stalinista, a experiência criou um precedente.
O tema já clássico “sem as mulheres não haverá revolução” foi se repetindo em diferentes ocasiões nas quais a luta pelos direitos sociais da classe trabalhadora andou de mãos dadas com a luta pela libertação da mulher. Durante a II República, as mulheres também conseguiram uma série de direitos que situavam a democracia do Estado espanhol como uma das mais inclusivas da época. E, durante a Revolução Espanhola, as mulheres tiveram um papel chave na conquista dos direitos sociais.
Em todos os momentos nos quais os povos se levantaram contra a tirania e o capitalismo, as mulheres foram protagonistas dos movimentos de emancipação. No entanto, nossa sociedade segue dominada pela imagem da mulher passiva. Quantas revoluções ainda precisam ser feitas para eliminar este estereótipo?
Agora, mais que nunca, as mulheres querem IGUALDADE e LIBERDADE. “Se não é agora, quando será?”, gritavam as mulheres no mundo inteiro.
No Brasil os altos índices de assassinatos de mulheres e se a isso somamos o genocídio contra elas, promovidas pela violência machista, a pergunta da mulherada é “Se não é agora, quando será?”.
Que nos próximos 8 de março, as mulheres brasileiras possam saírem de casa, com a certeza de que serão respeitadas no exercício de sua plenitude cidadã.
Viva a Mulher Brasileira. Viva a Mulher Caraubense.
Vereador Ivanildo Fernandes
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