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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
À espera do café com Dilma
O programa Café com o Presidente, repaginado e renomeado, deverá voltar ao ar no fim de janeiro ou início de fevereiro. Suspenso desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o cargo, o programa já foi rebatizado de Café com a Presidenta - como Dilma Rousseff exige ser chamada - no site da Presidência da República na internet, mas nenhum programa ainda foi gravado.
No Palácio do Planalto, o comentário é de que Dilma está com a agenda cheia, pois gosta de receber cada ministro durante tempo suficiente para se inteirar de tudo o que está acontecendo em cada pasta. Os encontros normalmente duram duas horas ou mais. Por isso, conforme a assessoria de Dilma, ela não teria encontrado tempo para fazer as gravações do novo programa.
Como o programa vai ao ar nas segundas-feiras, às 8 horas - a não ser que a presidente resolva mudar o horário que já havia se tornado um hábito durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva -, a gravação deve ocorrer na sexta-feira à noite ou durante o fim de semana.
Ritual. Lula costumava gravar o programa no domingo à noite, fosse no Palácio do Alvorada, quando estava em Brasília, ou em qualquer outro lugar do País ou do mundo, já que uma equipe da Empresa Brasil de comunicação (EBC) sempre acompanhava o ex-presidente.
O antecessor de Dilma soube usar o programa como um valioso instrumento político: mandava recados a aliados ou à oposição ou enaltecia ações de sua própria gestão. Costumava citar, por exemplo, dados sobre geração de empregos e obras.
Durante a campanha presidencial, a coligação do candidato José Serra (PSDB) solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral que o programa fosse suspenso. Para os tucanos, Lula usava o programa para fazer propaganda do governo e, consequentemente, da então candidata Dilma Rousseff.
Dilma já informou sua equipe que pretende manter o programa. Na sua última gravação, em 27 de dezembro, Lula aconselhou sua sucessora a fazê-lo. "Ela deve continuar porque é um programa que tem tido um êxito extraordinário. Muitas das coisas que nós falamos aqui repercutem na televisão, à noite", disse. Foi neste mesmo programa, de despedida, que o ex-presidente afirmou ter achado "muito gostoso" governar. "Eu não achei nada complicado", disse.
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